O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jorge Marquez-Ruarte, disse ao deixar o Ministério da Fazenda, que considera “adequadas” as propostas de Emenda Constitucional (PEC) encaminhadas na semana passada pelo governo ao Congresso Nacional. “Essa é uma questão muito importante para melhorar a política econômica, a eficiência da economia e a equidade social no Brasil”, comentou.
Ruarte, que chegou ontem à noite ao país para a terceira avaliação do acordo de US$ 30 bilhões feito com o governo brasileiro no ano passado, elogiou o modo como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem encaminhado o processo das reformas. “As propostas foram muito discutidas com vários setores sociais e parece contar com o consenso da população. Isso para nós é muito importante”, disse. O chefe da missão disse que não há o que recomendar ao governo, a não ser que ele siga fazendo sempre o que já está fazendo com as reformas tributária e previdenciária. “O governo tem mostrado muita coragem, muita visão e muita perícia sobre como levar as reformas adiante”, acrescentou, ao esclarecer que, embora a missão vá estudar as propostas, o Fundo não interferirá no processo, cabendo ao Congresso Nacional decidir sobre o formato que terão as emendas. “A competência é do governo e do Congresso. Eles são que decidem. Cabe ao FMI apoiar e observar os efeitos”, ressaltou.
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