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É um carrão mesmo, coisa de sonho. O novo desenho ajuda nessa definição porque deixou o carro com um aspecto muito interessante. O poderoso V8 de 40 válvulas é de tirar o fôlego. Mas sem dúvida alguma são as inovadoras soluções tecnológicas que transformam o novo A8 no carro mais moderno e equipado do mundo.
A começar pela maneira como se entra no carro, que não precisa da chave.
Basta o proprietário se aproximar que as portas abrem automaticamente, assim como o porta-malas. Também não precisa da chave no contato para dar a partida no motor. É só manter a chave por perto (pode ser no bolso, porta luvas) e apertar um botão no console. Esse botão, aliás, fica em conjunto com o leitor de impressão digital, que uma vez programado realiza uma série de funções para o motorista com um simples toque do dedo. Desde o ar-condicionado, passando por ajuste de bancos, vidros até o controle do rádio.
Tudo isso é monitorado pelo computador central, uma espécie de mini TV que fica no centro do painel. Em sua tela de 7 polegadas, o mecanismo permite ao motorista interagir com toda a tecnologia do carro.
O sistema é extremamente complexo, mas de fácil manuseio.
Através de um pequeno joystick redondo, localizado no centro do console, o motorista “conversa” com o computador e aciona todas as funções: troca de estações de rádio, regula o ar-condicionado, checa a bateria e pressão dos pneus, troca os canais de televisão (isso mesmo, o computador vira uma TV) e pode até escolher o melhor tipo de suspensão.
Essa é outra novidade tecnológica do carro: suspensão a ar com quatro estágios de regulagem de altura. Com isso, o motorista pode escolher entre uma posição mais alta, que privilegia o conforto, ou mais baixa, que otimiza a aderência.
As novidades não param por aí, são muitas espalhadas por todo o carro: porta-malas elétrico, faróis que acompanham as curvas, banco traseiro com ajuste elétrico lombar e outras.
O motor é o potente V8 4.2, de 40 válvulas e 335 cv de potência. De acordo com a Audi, o carro faz de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos e alcança velocidade máxima, limitada eletronicamente, de 250 km/h.
Não deu nem para chegar perto desta velocidade no pequeno test-drive que a Agência AutoInforme fez com o novo A8 na Bahia.
Foram quase 100 quilômetros no bate-volta entre a Ilha de Coman-datuba e a pequena cidade de Canavieiras.
Até porque o carro tem tantas novidades que ficamos muito mais entretidos com o computador central do que com a velocidade propriamente dita. Claro que demos umas boas aceleradas e o V8 ronca bonito que arrepia.
O câmbio automático tiptronic de seis velocidades com borboleta no volante é uma delícia de manusear. Com pequenos toques o carro troca de marchas instantaneamente. Tudo monitorado num display localizado no centro do painel, que aliás tem um toque retrô com mostradores redondos.
Por dentro o carro é puro luxo, couro em tudo, tudo controlado automati-camente, ar condicionado individual para cada um dos quatro ocupantes.
Uma beleza. A sensação de estar e dirigir o novo A8 é a de desfrutar da pura tecnologia automobilística, um primor de automóvel.
Acho que para quem não está acostumado com um carro desse nível, especialmente um garoto que estava atravessando uma rua de Canavieiras, o A8 lembra uma nave espacial. Pelo menos foi isso que ficou estampado no seu rosto.
A briga é muito boa nesse segmento top.
É a vitrine tecnológica das montadoras de luxo. Cada montadora quer apresentar o que existe de mais moderno nestes carros. A BMW revolucionou o mercado no ano passado com a chegada da nova série 7, mas a Audi chegou agora muito forte com o novo A8. A Mercedes é a mais defasada com a S 500, pelo menos por enquanto. A marca da estrela não costuma ficar por baixo.
Estamos aqui falando de carros para poucos. Carros que custam entre R$ 450 mil e meio milhão de reais. O A8 começa a ser vendido na semana que vem por R$ 475 mil.
Uma montanha de dinheiro. Por isso mesmo, de acordo com Jaroslav Susland, diretor comercial da Audi Senna, a expectativa é de vender apenas 50 unidades por ano do carro.
“Este é o histórico do A8.
São sete anos de mercado brasileiro e 352 unidades vendidas, o que dá uma média de 50 unidades por ano”, disse Jaroslav. Com 42 concessionárias espalhadas pelo Brasil isso significa quase um carro por revenda. Feliz daquele que levar um para garagem de casa.
O problema é que com essa onda de violência comprar um carro desse porte é no mínimo perigoso.
E lá vai o proprietário mandar blindar o carro. Uma judiação já que o carro tem a carroceria feita em alumínio que é 140 quilos mais leve que uma semelhante em chapa de aço. Com a blindagem lá se vai a tecnologia do alumínio para o ralo. Fora os buracos, lombadas...
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