A comissão formada na Câmara dos Deputados para discutir os benefícios que os parlamentares recebem estuda a criação de um cartão corporativo. A idéia é concentrar todos os auxílios como cota postal, auxílio moradia e verba indenizatória no cartão magnético.
O comando da Casa foi motivado a propor mudanças em razão das denúncias sobre o uso irregular com passagens aéreas e verba indenizatória.
A cota única, como está sendo chamada a incorporação dos benefícios, poderia para minimizar as repercussões negativas sobre o aumento salarial que está em análise - os vencimentos passariam de R$ 16,5 mil para R$ 24,5 mil mensais. Atualmente, os 513 parlamentares ainda têm direito a uma de verba de gabinete de aproximadamente R$ 60 mil e verba indenizatória no valor de R$ 15 mil.
O cartão corporativo aumentaria a transparência no controle dos gastos, já que o parlamentar não precisaria apresentar notas fiscais, que, às vezes, são colocadas sob suspeita.
A Câmara também faria um controle on-line das despesas e poderia, por exemplo, bloquear o uso do cartão para compras não autorizadas. O primeiro-secretário da Câmara, Rafael Guerra (PSDB-MG) disse que técnicos da Casa ainda avaliam se o instrumento seria legal.
"Essa proposta é a mais moderna, a mais transparente e diminui, principalmente, a burocracia. Por exemplo, um deputado abastece e a nota automaticamente estará disponível no sistema da Câmara", justificou.