15 anos sem Ayrton Senna

 

Nacional - 01/05/2009 - 21:23:40

 

15 anos sem Ayrton Senna

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

No dia 1º de maio de 1994, ao vivo pela televisão, os brasileiros e os fãs de automobilismo ao redor do mundo acompanharam uma das maiores tragédias da história do esporte. Ayrton Senna escapou com a sua Williams na curva Tamburello e chocou-se violentamente contra o muro.

Largando na pole position, Senna liderava o GP de San Marino, seguido de perto pelo alemão Michael Schumacher. Pela câmera on-board no carro do futuro heptacampeão mundial de Fórmula 1, pôde-se acompanhar a escapada e a pancada do carro do brasileiro em Ímola.

No momento do acidente, passaram-se alguns minutos até chegar o carro médico. A corrida recebeu bandeira vermelha e as imagens do atendimento ficaram distantes. O drama começou.

O piloto, que tinha 34 anos e dez anos na categoria, estava com o seu destino nas mãos dos médicos. Uma das barras do carro se desprendeu a perfurou o capacete, causando traumatismo craniano. Senna foi atendido na pista e levado de helicóptero para um hospital em Bolon´ha. O óbito foi anunciado às 13h40 (de Brasília).

A morte do maior ídolo esportivo do Brasil, naquele momento, causou comoção no País e no exterior. O corpo de Senna chegou de avião a São Paulo e teve recpeção como de um chefe de Estado. O velório foi na Assembléia Legislativa e, por onde o corpo passava, arrastava multidões. Na quinta-feira, dia 5, Senna foi enterrado no Cemitério do Morumbi.

Carreira

Ayrton Senna estreou na F1 em 1984 e disputou 161 Grandês Prêmios. Foram três títulos mundiais (1988, 1990 e 91), 41 vitórias, 65 pole positions e 80 pódios. O piloto competiu pelas equipes Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Pela escuderia de Frank Williams, o brasileiro realizou o seu primeiro teste com um carro da categoria em 1983 e quebrou o recorde do circuito de Donington Park.

Especial

Confira nesta sexta-feira, dia 1º de maio, o especial sobre o piloto brasileiro mais famoso do automobilismo mundial. Há galerias de fotos, cronologia e textos sobre o tricampeão em 1988, 1990 e 91.

As melhores frases de Senna

Algumas frases ditas por Ayrton Senna nos mais de dez anos em que esteve na Fórmula 1 traduzem o perfil do piloto, apontado por quem acompanha há tempos o automobilismo mundial como alguém obcecado pela vitória e talentoso dentro de um carro de corrida.

"Meu principal objetivo é ser reconhecido no mundo do automobilismo como um bom profissional, ser visto como alguém que conquistou algo. Também quero que valorizem o esforço que aplico no meu trabalho" (1983)

"Eu quero ser um piloto de Fórmula 1 vencedor. Não quero competir por competir, vencer vai ser parte da minha filosofia" (1983)

"A Fórmula 1 é um salto muito grande para quem vem da F3 e preciso de tempo para me adaptar. Devo ter uma base sólida antes de uma possível mudança de categoria. Até agora tenho apenas três anos de experiência (na F3), porém conto com grande experiência nos karts. Tudo bem que tenho 23 anos, mas tenho tanta experiência como alguns pilotos de 30" (1983)

"Quando eu me tornar campeão não vou deixar de ser eu mesmo" (1984)

"Eu vi Deus, foi ele quem me guiou. Tive sinais que indicaram seus desejos e poder. Acima de tudo, seu poder de controlar o que está a sua volta, tudo. Algumas pessoas nunca têm a experiência que eu vivi, e não acreditam no que eu digo. Eu rezava, agradecendo a Deus que eu seria campeão mundial. Quando, concentrado ao máximo, eu fazia uma curva a 180 graus, eu vi uma foto dele, grande, ali, suspensa, subindo para o céu. Tudo isso ao mesmo tempo em que me concentrava, conduzindo o carro. Este contato com Deus foi uma experiência maravilhosa" (1988)

"A Xuxa gostava muito de sua profissão e não tínhamos tempo para estarmos juntos, por isso tivemos que nos separar" (1989)

"Antes de me aposentar, eu vou pilotar para a Ferrari" (1989)

"Tem provas que terminam faltando seis voltas e outras na primeira curva..." (sobre o acidente com Alain Prost no GP do Japão de 1990)

"Meu maior erro? acho que ainda não o cometi..." (1991)

"Deixar de correr porque é perigoso? Também posso ser atropelado" (1991)

"Nós corremos mais riscos que as pessoas de outras profissões e, por isso, sabemos lidar melhor com o medo" (1991)

"O sentimento de chegar quase ao seu limite é fascinante" (1991)

"Quando Deus quer algo, nada pode-se contra" (a alguns jornalistas depois da vitória em Interlagos, em 1991)

"Eu corro para disputar, não para ganhar dinheiro..." (diante da oferta da Ferrari para ter o piloto brasileiro, em 1992)

"Para a Williams, eu até correria de graça" (1992)

"Superstições? Não acredito nelas, só creio no trabalho" (1993)

"O que eu quero, acima de tudo, é voltar a pilotar um carro competitivo, que tenha possibilidade de ganhar e lutar pelo título. Não quero uma temporada como a de 1992. Quero ser competitivo" (1993)

"Ele não é um piloto, é um idiota" (em referência a Eddie Irvine por um incidente em Suzuka, em 1993)

"É o sonho da minha vida. Frank (Williams) foi o primeiro a me dar uma oportunidade na F1, em 1983, e agora, finalmente, estaremos juntos" (1993)

"Quero sair deste buraco em que me encontro. Creio que posso correr até o ano de 2000. Posso chegar, inclusive, ao pentacampeonato mundial, como Fangio" (1994)

"Ganhar uma corrida é um desafio muito maior do que ganhar US$ 1 milhão" (1994)

"Ceccoto, De Angelis, Dumfries, Nakajima, Berger, Andretti, Hakkinen: nunca tive nenhum problema com eles. Só tive problemas com um piloto (Prost)" (1994)

"Campeão mundial antecipado? É fácil dizer, mas esse ano está muito difícil" (1994)

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