O perfil exato é o mesmo do comprador europeu: o jovem solteiro, a partir de 20 anos de idade e o jovem casal sem filhos. Segundo o fabricante, esse público vai alterar a freqüência das concessionárias Citroën a partir de junho, quando o carro chega ao mercado.
O Citroën C3 é um modelo hatch, pequeno, com alto nível de equipamentos e concorre diretamente com a minivan Meriva, o monovolume Fit e o utilitário esportivo EcoSport, conforme análise de Sérgio Habib, presidente da Citroën do Brasil.
A relação de concorrentes diretos foi feita com base na faixa de preço do carro, que vai custar de R$ 32.350,00, preço da versão GLX, a R$ 36.590,00, preço da versão Exclusive, que já vem com ar-condicionado e vidros elétricos de série. Ambos têm motor 1.6 de 16 válvulas de 110 cavalos. Ainda sob a análise do presidente da Citroën, o C3 vai levar vantagem em relação aos concorrentes por causa do desempenho, característica valorizada pelo público que a empresa quer atingir.
O motor que equipa o modelo brasileiro foi alterado para proporcionar melhor desempenho nas arrancadas, enquanto a 4ª e 5ª marchas foram alongadas com o objetivo de reduzir o consumo na estrada e aumentar o conforto do motorista nas viagens. O C3 fabricado aqui é também 1,4 centímetro mais alto que o europeu, alteração necessária para que o carro não sofra muito com as irregularidades das estradas brasileiras.
O motor tem torque de 15,6 kgfm a 4 000 rpm (melhor resposta e maior agilidade) e o acelerador é eletrônico (não tem cabo). O carro faz de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos e atinge 196 km/h.
As duas versões já vêm com rodas de aro 15, ajuste elétrico de altura dos fachos de farol, freio a disco nas quatro rodas com freios antiblocantes, controle eletrônico de estabilidade e um sistema de auxilia o motorista nas frenagens de emergência.
Fabricado inicialmente em Aulnay-sous-Bois, na França, e em Madri, na Espanha, o C-3 começa agora a ser produzido na linha de montagem de Porto Real, Rio, de onde deverão sair 15 mil unidades por ano, parte delas para abastecer os mercados do Mercosul e do México.
O investimento na produção do C3 brasileiro foi de R$ 200 milhões, incluído nessa cifra o treinamento da rede de concessionárias, que deverá aumentar de 56 para 60 unidades até o fim do ano e para 90 até final de 2005. O C3 é feito sobre uma plataforma nova da Citroën. Ele foi apresentado pela primeira vez como carro conceito no Salão de Paris de 1998, com o nome de Lumière, já destacando a forma de arco da carroceria. Na dianteira o carro tem a tampa do motor alta e uma grade enorme, itens que, junto com os faróis grandes, dão ao C3 um aspecto robusto. As medidas do carro dão uma idéia do conforto interno. A fábrica destaca a altura, de 1,519 m, o que permitiu a elevação da altura dos bancos sem comprometer o espaço para a cabeça dos ocupantes e ampliou a visibilidade externa. Alguns itens diferenciam o C3 de outros carros pequenos. O volante pode ser ajustado na altura e na profundidade e o carro tem descansa braço rebatível nos bancos dianteiros. O apoio de cabeça no banco traseiro não impede a visão do motorista e, na versão Exclusive, os encostos dos bancos dianteiros são equipados com bandejas retráteis com espaço para caneta, copo e gancho para sacos plásticos. O ar-condicionado tem filtro de pólen de carbono ativado, que elimina o mau cheiro.
|