Mancha de óleo no mar pode excluir explosão, diz Jobim

 

Nacional - 04/06/2009 - 00:02:38

 

Mancha de óleo no mar pode excluir explosão, diz Jobim

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quarta-feira que a presença de óleo na região do Oceano Atlântico onde caiu o avião da Air France pode excluir a possibilidade de explosão da aeronave que decolou do Rio com 228 pessoas a bordo.

"A existência de manchas de óleo pode eventualmente excluir a possibilidade de incêndio, explosão. Senão, não teria mancha de óleo", afirmou o ministro em entrevista coletiva, em Brasília. "A unica hipótese que se pode trabalhar é de que se nós temos manchas de óleo, significa que esse óleo não tenha queimado".

O ministro explicou que foi estabelecido um raio de 120 milhas náuticas (cerca de 200 km) para fazer a pesquisa em toda a região, com dois navios. Ele ressaltou que os 5 km de destroços localizados ontem pela Força Aérea Brasileira (FAB) já se "espalharam" e mudaram de posição. Mas, segundo o ministro, "não há mais dúvida nenhuma de que a situação de queda é neste local".

"O que estamos fazendo aqui é a busca de sobreviventes, ou melhor, de restos", afirmou o ministro, ressaltando que as buscas continuarão por tempo indeterminado. Os serviços técnicos da Marinha e da Aeronáutica serão responsáveis por determinar o fim dos trabalhos.

Jobim acrescentou que a Aeronáutica e a Marinha não avistaram corpos. "Corpos que caem no mar tem dois tipos de possibilidade: os que não tem o abdome íntegro, afundam e não voltam. O corpo que tem o abdome íntegro leva um tempo superior a 48 horas, às vezes vai a 70 horas, para voltar à superfície, porque depende da formação de gases no abdome", explicou.

Jobim afirmou ainda, ao ser questionado sobre a possibilidade de um sinal de terrorismo na queda do Airbus A330, que "não há nenhuma sinalização".

O acidente

O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).

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