O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, durante o 10º Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre, que o projeto de lei sobre cibercrimes - também conhecido como Lei Azeredo - não visa a proibir os abusos na internet, mas que visa a fazer censura. "O que precisamos é responsabilizar, mas não proibir, condenar. Não é possível uma lei que permita que entrem na casa das pessoas e sequestrem seus computadores", disse.
Na platéia que acompanhou o discurso de Lula, manifestantes traziam cartazes pedindo para que o presidente não sancionasse a lei.
"Nesse governo, é proibido proibir. O que fazemos é discutir e fortalecer a democracia", declarou o presidente.
"Analfabeto"
Lula brincou dizendo que, no início de seu governo, era "analfabeto" em relação à informática e disse que, pela primeira vez, os netos são mais sábios do que seus avós.
O presidente disse também que o software livre é uma possibilidade para a "meninada" - referindo-se ao público do fisl 10 - reinventar o que deve ser reinventado.
Ele também ironizou a existência de sites propondo "morte ao Lula", dizendo que não via isso como um problema, pois "muito mais pessoas querem minha vida".