O atacante Romário foi detido na tarde de terça-feira na delegacia da Barra da Tijuca, zona sul do Rio de Janeiro, devido ao não pagamento de pensão alimentícia. A dívida - que seria de aproximadamente R$ 24 mil - é referente aos filhos do primeiro casamento do atacante com a modelo Monica Santoro, Romário e Monica.
Romário acionou os advogados para mostrar comprovantes de pagamento da pensão. Um oficial de Justiça, acompanhado de policiais militares, foi até o condomínio de luxo onde Romário mora, na Barra da Tijuca, no meio da tarde desta terça-feira com mandado de prisão.
O ex-jogador estava em casa e permitiu a entrada do oficial e dos policiais. Moradores do prédio pensavam que o problema estava relacionado a uma disputa na Justiça de Romário com um casal de vizinhos por conta de um vazamento da piscina do jogador que nunca foi reparado.
Recentemente a Justiça do Rio de Janeiro condenou o ex-atacante de Vasco, Flamengo e Fluminense em primeira instância a idenizar os vizinho em R$ 5 milhões. A cobertura do ex-jogador, de aproximadamente 800 m² está avaliada em mais de R$ 7 milhões.
Segundo o delegado titular, Carlos Augusto Nogueira, Romário não precisou ser algemado, já que não resistiu à prisão. Segundo Nogueira, Romário disse ter sido "apanhado de surpresa", por não ter recebido uma notificação prévia. O atleta espera que o advogado Norval Valério consiga a revogação do mandado de prisão no plantão judiciário, o que o delegado considera difícil.
Se a defesa não conseguir, ele passará a noite em uma cela individual da delegacia. A transferência para a Polinter só ocorrerá se o advogado do ex-jogador não chegar até as 10h30 com um alvará de soltura na DP.
Por volta das 21h30, um amigo do ex-atacante, conhecido como Pica-Pau, levou o jantar de Romário: costela gaúcha, molho à campanha, aipim e batata cozida. No entanto, Pica-Pau foi impedido de entrar com a refeição. Os policiais alegaram que o jogador só pode se alimentar com a comida fornecida pela delegacia.
Em 2004, Romário foi detido duas vezes por não pagar pensão. Na ocasião, a ex-mulher acusou-o de atrasar em R$ 140 mil e ele passou cerca de cinco horas na 16ªDP.
No documento, o juiz decreta a prisão do ex-jogador pelo prazo de 30 dias, caso o débito não seja quitado.
" (...) Decretação de prisão, pelo prazo de 30 dias, em razão de débito de pensão alimentícia correspondente a R$ 89.641,44 - escreveu o juiz no mandado".
“Não abro mão do meu direito”, diz Mônica Santoro, ex-mulher de Romário. Desde que se separou de Romário, em 1995, Mônica Santoro, 38 anos, protagoniza uma batalha jurídica com o ex-marido.
** "Não sei botar o pé no freio. Nada para mim pode ser mais ou menos. Há pouco tempo terminei um relacionamento no qual estava apostando. E sinto no próprio corpo os efeitos dessa dor. Fico carente de tudo, como chocolate sem parar, quase não falo. Eu me casei com Romário aos 17 anos e ficamos juntos por sete. Não gosto de tocar no assunto, porque hoje somos muito amigos, mas o fato é que sofri muitas decepções. Tive crises de ciúme pavorosas. Numa delas, depois de achar uma mancha de batom na camisa com que ele chegou em casa, resolvi destruir todas as outras. Peguei uma tesoura e cortei peça por peça do armário dele. Não sobrou nenhuma e em cada uma delas eu deixava bilhetinhos: "Não vou ver mais marca de batom em suas camisas porque não há mais camisas para você vestir'. Hoje em dia me sinto mais calma, mas, a cada vez que tenho de me recompor de um relacionamento fracassado, parece que me viro do avesso." ** - declaração de Mônica Santoro, em 2003, à revista Época, sobre suas atitudes em relacionamentos (http://tinyurl.com/msantoro).