O salário parece mesmo ter sido um dos principais fatores que motivaram o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, a contratar Vanderlei Luxemburgo e desistir de Muricy Ramalho. Isso porque o ex-treinador do São Paulo teria pedido R$ 700 mil mensais, enquanto o ex-palmeirense - que será apresentado nesta segunda-feira - teria aceitado receber bem menos do que ganhava nas suas últimas passagens pela Vila Belmiro.
Segundo informações apuradas pelo Terra, o novo comandante santista teria fechado um acordo para receber R$ 350 mil mensais, além de bonificações em caso de metas alcançadas. O valor é considerado baixo em relação ao salário que Luxemburgo recebia em 2006 e 2007, quando comandou o time alvinegro.
Na ocasião, o treinador - bicampeão paulista pelo Santos - recebia cerca de R$ 500 mil. O clube da Baixada ainda tinha a responsabilidade de bancar a comissão técnica de Luxemburgo, que custava cerca de R$ 400 mil - desta forma, a diretoria santista desembolsava R$ 900 mil mensais para contar com os trabalhos do técnico.
Desta vez, além do salário mais baixo, Vanderlei Luxemburgo deve chegar ao clube com apenas dois membros de sua comissão técnica: o preparador físico Antônio Mello e o auxiliar-técnico Ney Pandolfo.
O comandante santista teria acertado o acordo, pois teria reconhecido que volta à Vila Belmiro de uma maneira diferente. O treinador não vive um bom momento profissional e foi demitido recentemente do Palmeiras. Além disso, dirigentes de outros clubes brasileiros acreditam que o custo/benefício para trazer Luxemburgo não compensa.
O argumento é de que o técnico só tem conquistado títulos regionais nos últimos anos. O treinador nunca foi campeão da Copa Libertadores e o último triunfo nacional foi o Campeonato Brasileiro de 2004, pelo próprio Santos.
