Receita investiga negócios de filho de Sarney

 

Politica - 26/07/2009 - 09:32:06

 

Receita investiga negócios de filho de Sarney

 

Da Redação com Folha de SP

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A Receita Federal iniciou uma 'devassa' em negócios de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), detectando elementos que poderiam configurar crimes tributários, como envio ilegal de recursos ao exterior, contratos de câmbio falsos e lavagem de dinheiro. Ainda não houve autuações pela investigação. As informações são da edição deste domingo do jornal Folha de S.Paulo.

O filho de Sarney estaria envolvido com o caso da Usimar, uma fabricante de autopeças que teria recebido recursos da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, hoje extinta) nos anos 90. Nesta época, a governadora do Maranhão era sua irmã, Roseana Sarney.

O jornal informa que três sócios do grupo Marafolia, especializado em shows e eventos, estariam entre os alvos da Receita Federal, pois Fernando Sarney ao lado da sua esposa Teresa Murad seriam os "donos de fato" do negócio. Dois dos sócios, Walfredo Dantas de Araújo e Thucydides Barbosa Frota, teriam sido indiciados pela Polícia Federal por formação de quadrilha na Operação Faktor (antes chamada de Boi Barrica).

Segundo a Folha, dados obtidos pela polícia informam que uma das sócias da Marafolia, Dulce de Britto Freire, movimentou em 2003 em suas contas R$ 1,9 milhão, apesar de ter declarado à Receita rendimentos de R$ 110 mil. Ela teria também em seu nome a empresa Britto Freire Promoções Ltda, nome fantasia "Clubão Jamaica", que movimentou quase R$ 9 milhões nos anos de 2005 e 2006. Segundo os documentos da PF os quais o jornal teve acesso, os policiais foram várias vezes ao local, que estava sempre fechado. Os vizinhos informavam que o local abria "esporadicamente".

O Ministério Público também teria gravações nas quais teriam identificado que Fernando seria proprietário do Marafolia, além de tomar todas as decisões importantes do empreendimento.

Fernando Sarney enviou nota ao jornal declarando que a fiscalização da Receita é de rotina e não teria a ver com lavagem de dinheiro e contratos de câmbio falsos, além de negar ligações com a Usimar. Daniel Britto, filho e advogado de Dulce, teria negado à Folha que sua mãe seja laranja dos Sarney.

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