O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), se recusou nesta quinta-feira a relatar o mandado de segurança contra o arquivamento de todas as ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
De acordo com a assessoria do STF, Celso de Mello declarou-se impedido de fazer a relatoria do caso por "motivos de foro íntimo". O mandado, que foi impetrado pelos adversários de Sarney, deve ser redistribuído para outro ministro.
Na quinta-feira, 27, um grupo de sete senadores, que tiveram pedido de desarquivamento das ações negado pela mesa diretora, recorreram ao Supremo para permitir que representações e denúncias possam ter seguimento na Casa.
O documento conta com a assinatura dos senadores José Nery (Psol-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Kátia Abreu (DEM-TO), Renato Casagrande (PSB-ES), Jefferson Praia (PDT-AM), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Pedro Simon (PMDB-RS).
Desde que assumiu o comando do Senado, José Sarney é acusado de cometer uma série de irregularidades, que incluem responsabilidade na edição dos chamados atos secretos, desvio de recursos de um patrocínio feito pela Petrobras à fundação que leva seu nome, além da prática de tráfico de influência em favor do namorado de uma neta sua. As 11 ações contra o peemedebista, protocoladas no Conselho de Ética, foram arquivadas. O senador nega as acusações.