O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne, amnhã (20) e quarta-feira, para analisar se altera ou não a trajetória da Taxa Básica de Juros da Economia (Selic) - 26,5% ao ano, desde março. A Selic é considerada a taxa básica de juros porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influência sobre os juros de toda a economia. Trata-se de uma espécie de teto para os juros pagos pelos bancos nos depósitos a prazo. A partir dela, os bancos definem quanto cobram em empréstimos a empresas e pessoas físicas.
Durante a semana que passou, o presidente do BC, Henrique Meirelles, que é um dos membros do comitê, disse na Espanha, que o banco será "conservador, no médio prazo". A declaração foi interpretada pelo mercado como um sinal de que os juros ainda não devem cair na próxima reunião do Copom. Em Sevilha, onde participou, junto com outros representantes de bancos centrais do mundo, de seminário sobre a América Latina, Meirelles disse ainda que estão mantidas as metas de inflação de 8,5%, para 2003, de 5,5%, para 2004, e de 4%, para 2005.
O presidente do BC lembrou também o que já vinha afirmando: a importância das reformas tributária e da previdência para a economia brasileira. Depois de aprovadas as duas reformas, segundo Meirelles, o governo passará a priorizar a nova Lei de Falências e o projeto que dá autonomia para o BC.
Na semana passada, a Câmara aprovou o projeto que permite a autonomia do BC e a medida aguarda agora apenas a promulgação pelo Congresso.
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