Discutir metódos educacionais de avaliação para o ensino fundamental diferentes dos que existem atualmente. Este é o objetivo da Oficina sobre Avaliação de Experiências de Desseriação, promovida pela Unesco, que acontece hoje e amanhã, no auditório do campus de Pós-Graduação da Universidade Católica de Brasília. No sistema de desseriação, os alunos, ao invés de estudarem em séries, passariam por ciclos educacionais de avaliação permanente, em que não haveria reprovação. O Brasil, desde os anos 80, apresentou experiências pioneiras nesta área, em cidades como Belo Horizonte (MG), na Escola Plural, e em Brasília (DF), na Escola Candanga.
Segundo a secretária de Educação Fundamental do MEC, Maria José Feres, a maior dificuldade de ampliação do sistema de desseriação é o fato de que os pedágogos ainda não recebem uma orientação nas faculdades para aplicá-lo. "Não adianta retirarmos o cronograma de séries, se os professores ainda mantêm uma avaliação seletiva dos alunos", explicou a secretária. Participam também da oficina representantes de Ministérios da Educação de Cuba, Espanha e França.
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