Após 14 dias do início da greve dos bancários, a Federação Brasileira dos Bancos (fenaban) decidiu apresentar ao Comando Nacional dos Bancários uma proposta de reajuste salarial de 6% em todas as verbas e participação nos lucros (PLR) maior. A informação foi divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Segundo a categoria, o reajuste de 6% contempla um aumento real de 1,5% em relação à inflação calculada pelo INPC entre 1º de setembro de 2008 e 31 de agosto de 2009, que foi de 4,44%. Anteriormente, a Fenaban havia proposto um reajuste de 4,5%, o que foi rejeitado por todos os bancários. Os sindicatos de todo o País deverão realizar assembleias para que os bancários dos bancos privados avaliem a proposta nessa quinta-feira. O Comando Nacional orientou para a aprovação.
A categoria pedia 10% de reajuste salarial, sendo 5% de aumento real, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão.
A PLR proposta mantém a distribuição de até 15% do lucro líquido, através da regra básica nos moldes do ano passado e da mudança da parcela adicional que, em vez de ser apurada com base na variação do crescimento do lucro, passa a ser um valor distribuído linearmente para todos os funcionários.
A nova proposta ainda garante a ampliação da licença-maternidade para 180 dias para as funcionárias de todos os bancos e a isonomia de tratamento para casais homoafetivos, que passam a gozar dos mesmos direitos previstos na Convenção Coletiva.
Segundo balanço desta quarta-feira, a greve dos bancários fechou 7.222 agências em 26 Estados do País e no Distrito Federal.