A empresa Cutrale informou na quarta-feira, 14, que os prejuízos causados pela ocupação de famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em sua fazenda em Borebi (SP) totalizaram R$ 1,2 milhão.
A fazenda da Cutrale foi tomada pelos sem-terra no dia 27 de setembro e desocupada na quarta-feira passada após determinação da Justiça. Segundo o diretor da empresa, Carlos Otero, o valor é referente aos equipamentos danificados, aos defensivos agrícolas extraviados e à parte da lavoura de laranja derrubada pelo movimento.
O MST negou ter destruído os equipamentos da propriedade ou roubado produtos durante a ocupação. O movimento afirmou ter destruído parte do laranjal para protestar contra a suposta grilagem de terras públicas. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirmou que as terras da Cutrale, em Borebi, pertencem à União.
Otero não quis comentar o posicionamento do Incra. De acordo com ele, "todas as vezes que o Incra discutiu isso na Justiça, a Cutrale provou que é dona das terras".