A atitude do representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, de denunciar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Congresso Nacional de fazer perseguição aos trabalhadores rurais que lutam pela reforma agrária, foi criticada por parlamentares da base governista e da oposição. Para eles, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), criada para investigar as atitudes do MST, está de acordo com o estado democrático de direito.
O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), disse que discorda da postura do representante do MST de acusar os congressistas. "O Congresso não pode ser acusado de estar perseguindo os movimentos sociais". O líder disse que foi contra a criação da CPMI, trabalhou para a retirada de assinaturas para que ela não fosse criada, mas observou que ela é democrática e está de acordo com o estado de direito.
Vaccarezza disse que vai trabalhar para impedir que a CPMI tente criminalizar os movimentos sociais, mas considerou "um erro político iniciar essa discussão, dizendo que a comissão está fazendo perseguição política ao MST".
Já o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO) também criticou a atitude do MST. Segundo ele, a medida não terá apoio. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de acordo com Caiado, não apoia nenhum ato de desrespeito ou de desestabilização democrática, como os praticados pelo MST.
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