O ministro Thomaz Bastos vai se reunir, na próxima semana, com o secretário de Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, Alexandre de Moraes, para acelerar as investigações e ampliar a ação das Polícias federal, civil e militar, em torno das denúncias de trabalho escravo e de ameaça a sindicalistas, na cidade de Ribeirão Branco, no interior de São Paulo.
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O ministro recebeu, ontem, em Brasília, o presidente do sindicato dos Empregados Rurais de Ribeirão Branco, José Vicente Felizardo da Silva, e o presidente da CUT, em São Paulo, Edílson de Paula, para discutir o assunto. Eles destacaram ao ministro que a troca constante de promotores que atuam no caso, está dificultando a coclusão dos trabalhos.
Em março deste ano, uma blitz realizada pela Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo constatou trabalho escravo e infantil na região. Segundo os sindicalistas quatro fazendeiros tiveram prisão preventiva decretada. Apenas o fazendeiro Aristeu Ferreira, permaneceu detido por 20 dias por não ter direito a pagar fiança.
Segundo José Vicente, o fazendeiro, após ser liberado, invadiu a sede da entidade e o ameaçou. O sindicalista afirma que também teve a casa invadida e sua família espancada. "Apenas nas três fazendas de propriedade de Aristeu Ferreira, 20 famílias são mantidas em condição de escravo, denunciou Vicente.
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