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O diretor do Centro de Proteção dos Primatas Brasileiros, do Ibama, Marcelo Marcelino, quer formar uma nova geração de pesquisadores para garantir a continuidade do trabalho de preservação dos micos-leões no Brasil. O assunto é um dos temas em discussão no III Simpósio sobre Micos-Leões que acontece de hoje até a próxima quarta-feira (28) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis.
O encontro reúne pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Bélgica, Dinamarca e Inglaterra, que há 20 anos estudam as quatro espécies deste primata ameaçado de extinção por causa da devastação da Mata Atlântica, seu habitat natural. Segundo Marcelo Marcelino, nenhum outro gênero de primata brasileiro foi tão estudado quanto os micos-leões. No entanto, conforme explicou, as descobertas realizadas neste período ainda não são suficientes para garantir a proteção destas espécies, pois a ameaça de extinção destes animais aumenta com a velocidade em que a Mata Atlântica é devastada.
O mico-leão de cara dourada, encontrado no sul da Bahia, é o que corre mais risco de extinção. A preservação do mico-leão preto, encontrado em São Paulo, e do cara-preta ou caiçara, que vive no Paraná, são consideradas estáveis pelos pesquisadores. O menos ameaçado é o mico-leão dourado, encontrado na reserva de Poço das Antas, na região das Baixadas Litorâneas do Rio de Janeiro, onde foi constatado um aumento substancial da população em cativeiro e que agora está sendo reintroduzida na mata.
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