O trecho sul do Rodoanel Mário Covas foi aberto ao tráfego nesta quinta-feira. A obra faz parte de um conjunto de quatro trechos que, unidos, formarão uma supervia em torno da cidade de São Paulo para desafogar as marginais e principais avenidas da capital. Seu custo estimado é de U$ 4,7 bilhões, maior valor dentre as obras tocadas pelo governo paulista e uma das maiores do Brasil. Confira outras grandes obras em andamento e em projeto no País.
Trem-bala
Obra com o maior orçamento dentre as previstas no PAC 1, o trem-bala deverá ligar as cidades de Rio de Janeiro e São Paulo, com uma extensão até Campinas (SP). A obra está em fase de projeto e não ficará pronta antes de 2015. A ideia do governo federal é que fique pronta para a Olimpíada de 2016, no Rio. O custo estimado da obra é de R$ 35 bilhões.
Usina hidrelétrica de Belo Monte
Maior obra de energia do PAC 1, a hidrelétrica deverá ser erguida na bacia do rio Xingu, no Pará, com capacidade prevista de geração de 11,2 mil megawatts (Itaipu gera 14 mil megawatts). O grande obstáculo para a construção da usina são as implicações ambientais e de remoção de populações indígenas na Amazônia. Não tem um prazo para conclusão, mas o custo é estimado em R$ 19 bilhões.
Ferrovia Norte-Sul
A obra foi anunciada no governo de José Sarney, (1985-1989) e os trabalhos de ligação entre as regiões Norte e Centro-Oeste logo começaram, mas nestes quase 30 anos caminham de forma tortuosa. Estima-se que serão precisos R$ 6 bilhões para concluir a ferrovia, que já teve um trecho concedido à iniciativa privada. As denúncias de corrupção e a burocracia, porém conspiram contra sua conclusão.
Rodoanel (trecho sul)
O trecho sul é uma das quatro seções do Rodoanel Mario Covas. Com sua inauguração, e mais o trecho oeste já em funcionamento, falta ainda a outra metade dessa enorme circunferência. Os trechos leste e norte estão ainda em fase de projeto. Com a inauguração do trecho sul, espera-se tirar da Marginal Pinheiros e da avenida dos Bandeirantes metade dos caminhões que por ali circulam diariamente em direção ao porto de Santos (SP). O custo desse trecho é de R$ 4,7 bilhões.
Transposição do Rio São Francisco
A obra é um antigo projeto, de vários governos brasileiros, de levar a água do rio São Francisco, na Bahia, para a parte setentrional do Nordeste, a mais afetada pelas secas, por meio de cerca de 700 km de canais. Seus críticos dizem que o rio será morto pela obra, além de não conseguir levar a água suficiente para a região que seria beneficiada. O prazo de execução é incerto e o custo previsto da obra é de R$ 4,5 bilhões.
Linha Amarela do Metrô
Já prevista há pelo menos 20 anos, a ligação da região do Butantã com o Centro de São Paulo só sairá do papel em 2010, com a inauguração de algumas estações. Foi duramente afetada pelo afundamento de um canteiro que causou a morte de sete pessoas em 2007 e por denúncias de falhas técnicas em sua execução. É a linha que unirá as outras três que o metrô tem em São Paulo. O custo estimado é de R$ 3,1 bilhões.
Cidade Administrativa MG
Inaugurada recentemente em Belo Horizonte, a nova sede do governo de Minas Gerais tem como nome oficial Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. Sua inauguração neste ano é uma homenagem ao centenário de nascimento do ex-político. Com a obra, espera-se valorizar a região norte da capital mineira, além de centralizar as secretarias do governo e gerar economia e maior rapidez administrativa. A obra custou R$ 1,2 bilhão.
