O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, afirmou neste domingo que a morte do suspeito de matar seis jovens em Goiás expõe "um sistema carcerário falho e desumano que acaba estimulando o crime ao invés de proporcionar a recuperação do apenado".
"Agora não mais teremos uma só investigação sobre as circunstâncias que levaram um juiz a liberar um psicopata, mas outra para saber como esse psicopata, depois de assassinar seis garotos, morreu sob a vigilância do Estado", afirmou ele em nota à imprensa.
Cavalcante disse ainda que o acontecimento mostra que o Estado está mais próximo da "lei da selva do que da lei dos homens", e que é preciso "corrigir rumos sob pena de continuarmos a assistir esse festival de omissão e de atentado contra a cidadania".
O pedreiro suspeito de matar seis jovens em Luziânia, Goiás, Ademar Jesus da Silva, 40 anos, foi encontrado morto por volta das 13h deste domingo na cela da prisão onde estava sozinho desde quinta-feira. Ele teria se enforcado com uma corda feita com uma tira do forro do colchão, segundo a Delegacia de Combate a Narcóticos (Denarc).