O ex-governador de São Paulo José Serra faz nesta segunda-feira sua primeira visita a Minas Gerais como pré-candidato do PSDB à presidência da República. Acompanhado do presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, o tucano, em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, descartou a possibilidade de um voto que junte a candidata presidencial do PT com o candidato do PSDB ao governo mineiro, Antonio Anastasia. "Dilmasia lembra doença", disse ao classificar como "fantasia" o termo cunhado pela adversária.
Serra disse ainda que o País avançou em todos os governos, mas que a área da Saúde ainda precisa de atenção. "A Saúde ficou meio estagnada nos últimos anos. É uma área de carência grande e dá para avançar. Tem dinheiro? Tem, mas é preciso aplicar melhor os recursos. A população considera hoje o SUS o seu principal problema", afirmou.
O pré-candidato afirmou que Lula aperfeiçoou programas de governos anteriores e que essa deve ser a tendência para bons governantes. Perguntado se daria continuidade a programas da gestão petista, Serra atacou o PAC. "Vamos ser realistas, o PAC é uma lista de obras e não avançou".
Serra amenizou o tom de críticas ao governo petista e disse que, se eleito, quer manter "diálogo" com o presidente. "O seu antecessor não é um inimigo. Pretendo conversar com ele e com o PT. Aliás, nunca vou tratar oposição como inimigo, apenas como adversário. Vou tratar a oposição no diálogo".
Na terra de Aécio Neves, Serra fez vários elogios ao colega tucano à frente do governo de Minas e disse que não vai especular sobre nomes para a chapa presidencial. "Ninguém faz campanha para alguém ser vice", disse.
Com agenda cheia na capital mineira, Serra tem um encontro com empresários e faz uma palestra na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Em seguida, o ex-governador de São Paulo participa do encerramento do seminário "Uma nova agenda para o desenvolvimento brasileiro", promovido pelo PPS.