Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam nesta segunda-feira a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de seis Estados e de Brasília. As manifestações, que aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Piauí e Paraíba, cobra do governo o assentamento de 90 famílias e um programa de agroindústrias para esses assentamentos.
De acordo com o MST, o governo teria assumido em agosto do ano passado compromissos com a Reforma Agrária, como a atualização dos índices de produtividade e garantia de recursos para a desapropriação de áreas, e não os teria cumprido.
"O governo não vem cumprindo os seus compromissos com a Reforma Agrária. Temos famílias acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação bastante difícil à beira de estradas e em áreas ocupadas, que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio", afirmou José Batista de Oliveira, integrante da coordenação nacional do MST.
Participaram das manifestações, que fizeram parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, mais de 13 mil trabalhadores, que reivindicaram ainda "a renegociação das dívidas das famílias assentadas e uma linha de crédito que atenda as especificidades das áreas de Reforma Agrária", uma vez que, segundo o MST, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) não atende essas necessidades.