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Termina em setembro o prazo de filiação para cargos públicos para as eleições de 2004, as mudanças nada tem a ver com a ideologia partidária, mas sim com a configuração de chapas para as eleições municipais. Ao que tudo indica, grandes mudanças ocorrreram na Câmara Municipal de São Bernardo no próximo trimestre.
Segundo fontes ligadas à Prefeitura, PL e PT são quase primos em São Bernardo. A nomeação do presidente do partido, Ramiro Meves, pela prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT), para assumir a subprefeitura do Campo Limpo e as articulações feitas entre petistas e liberais em Brasília, já estariam causando a saída de alguns liberais fiéis ao prefeito William Dib (PSB), um deles é o vereador Ivanildo de Jesus que afirma que não gostaria de abandonar o Partido Liberal em busca de outro partido. “Já recebi várias propostas de partidos, mas prefiro pensar, para não tomar uma decisão incorreta, como aconteceu em 2000. Não sou a favor de que vereadores abandonem seus partidos, mas em meu caso estava tendo algumas dificuldades no PL e uma delas foi a falta de um diretório em São Bernardo” .
O vereador José Walter Tavares, permanecerá no Partido Liberal, ele acredita que ainda não é o momento de tomar decisões como está. Tavares define o PL como um bom partido de centro - esquerda.
“ Fui eleito pelo PL, e pretendo continuar nele, este partido é a democracia que necessitamos”.
Dizem fontes do legislativo que Tavares deverá segurar sua posição até o último momento para valorizar a candidatura ou até mesmo poder obter uma indicação para vice na chapa do PT.
O deputado estadual Orlando Morando (PSB), fonte ligada ao prefeito, nega o processo de esvaziamento do PL colocado pelos políticos. “Isso não existe. Queremos o apoio do PL, sempre quisemos”, disse.
O rumo do PPS, do líder do governo na Câmara Ramos de Oliveira e do Secretário de Obras, Otávio Manente, ainda não está definido apesar de a tendência hoje ser toda pró-governo. A bancada do PSB deverá se manter já que o partido está com um bom número de possíveis candidatos para a eleição.
O PMDB e o PV por enquanto continuam com o prefeito. Tunico Vieira, presidente do diretório municipal pemedebista e vice-presidente da Câmara, limita-se a dizer que “o partido procura liderança novas” e prima pela autonomia para se fortalecer. Uma importante liderança do partido, o ex-vice-prefeito Maurício de Castro, tem estado em vários eventos com Dib e já declarou seu apoio a ele para a reeleição em 2004. O grupo do PMDB que apoia DIB apoiou Quércia para a disputa do Diretório Estadual do Partido, enquanto Tunico estava com Michel Temer que foi derrotado. Tudo indica que Tito também deverá engrossar as fileiras e apoiar Dib no próximo ano.
Em 2001, uma estratégia do ex-prefeito Maurício Soares para tentar ser o vice na chapa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, levou seis vereadores (Élcio Macalé, Laurentino Hilário, Amedeo Giusti, Jorge Sakata e Hiroyuki Minami) e três secretários (Admir Ferro, José Roberto de Melo e Gilberto Frigo) para os tucanos. Amedeo Giusti, como um bom filho retornou a casa , abandonou o PSDB, após a renúncia de Maurício, para afiliar-se ao PV novamente, onde apoiará a candidatura de Dib, na bancada de sustentação.
Depois de vencer três eleições o vereador Macalé, não pensa em desistir do pleito de 2004, mas não pretende continuar no PSDB, partido que ele julga estar sem estruturas para segurar vereadores que já integraram o partido. “Não quero ser preciptado por isso não escolhi ainda um novo partido, quero sair da política vencedor, e isto não será possível no PSDB”afirmou.
Já o deputado estadual Giba Marson, principal liderança do PV municipal, afirmou que ficará com a Prefeitura até o final do mandato de William Dib. Isso deixa em aberto um possível racha ou união definitiva.
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