Com estreia marcada para quarta (12) e quinta-feira (13) em vários países europeus, na Ásia, e na sexta-feira (14) no Brasil, entre outras praças, Robin Hood chegou ao Festival de Cannes visto e analisado em críticas negativas. O resultado é que a primeira sessão para a imprensa nesta manhã na Croisette, o endereço da mostra, estava vazia.
Muitos jornalistas já haviam visto o filme em seus locais de origem e pularam as duas horas e vinte minutos de projeção direto para a coletiva com as estrelas Russell Crowe, também produtor da fita, e Cate Blanchett.
Encontro, aliás, muito mais motivador do que a nova versão da lenda do herói arqueiro dirigida por Ridley Scott, considerada fria e burocrática pelos poucos profissionais em sala. Scott não veio a Cannes por conselho médico depois de uma operação no joelho. A atenção naturalmente se voltou a Crowe e Blanchett, que formam o par protagonista, ele o justiceiro do título, ela a Lady Marion, sua mulher por circunstâncias impostas.
Com cenas de batalha bem filmadas, como cabe ao realizador de Gladiador, também com Crowe no papel principal, o filme se ressente principalmente de mais eletricidade no romance do casal, no qual o maior apelo é uma passagem em que a nobre ajuda o guerreiro a se despir - mas apenas até o torso.