O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., que foi exonerado do cargo nesta segunda-feira, se disse "amargurado" e vítima de uma "injustiça". Afirmou ainda, segundo relato de sua assessoria de imprensa, que sua saída do cargo foi "política".
Tuma Jr. afirmou que não pediria demissão, por não ter cometido nenhuma irregularidade. Ele é acusado de envolvimento com o suposto chefe da máfia chinesa em São Paulo, Paulo Li.
A exoneração foi encaminhada pelo ministro Luiz Paulo Barreto ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira. A oficialização deve ocorrer após a publicação no Diário Oficial da União.
As denúncias contra Tuma Jr. vieram à tona há cerca de dois meses e pressionaram o secretário a se afastar do cargo, saindo de férias. O retorno das férias ocorreu nesta segunda. Durante o período de afastamento, Izaura Miranda ocupou interinamente a posição.
Na última sexta, Tuma Jr. prestou esclarecimentos à Comissão de Ética da Presidência da República. Antes de sair de férias, ele solicitou a abertura de uma sindicância no próprio Ministério da Justiça para apurar as denúncias.
A nota divulgada pelo ministério confirmando a exoneração diz que, fora do cargo, o secretário "poderá melhor promover sua defesa".