De acordo com a secretária de Educação, Maura Lígia Costa Russo, a rede municipal não deve se acomodar com o resultado positivo. “Apesar de estarmos acima da média brasileira, podemos alcançar uma pontuação ainda melhor, levando-se em conta toda a estrutura que temos em nossas escolas, por isso não podemos nos acomodar. Vamos buscar resultados ainda melhores”, disse, comentando que as escolas possuem laboratórios de informática, programas pedagógicos modernos, como o Cidade Educadora, ações comunitárias para aproximar a família da escola, projetos de atividades complementares, como o SuperEscola, salas de reforço escolar, além da rede oferecer capacitação constante aos educadores.
Maura Lígia afirma que, no resultado individual por escolas, algumas elevaram seu nível, enquanto outras tiveram queda na pontuação. “Nessas unidades, as equipes se reunirão para discutir quais os pontos falhos e o que pode ser feito para melhorar”, ressalta.
A secretária também aponta a necessidade dos pais participarem ativamente da vida dos filhos. “Temos iniciativas que buscam a participação da família, como a Pedagogia Comunitária, mas muitos pais ainda não entenderam que é fundamental conversar com os filhos, quando voltam da escola, perguntando sobre como foi seu dia, o que aprenderam e quais suas dificuldades. Os pais precisam se interessar pela vida escolar dos filhos e estimulá-los a ter comprometimento nos estudos. Isso é fundamental para obtermos melhores resultados. A escola tem de fazer sua parte, mas a família também tem seu papel, que é essencial”.
Histórico - O Ideb é o principal indicador utilizado pelo MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para avaliação da qualidade da Educação no País. Criado em 2007, baseado em uma escala que vai de zero a dez, o IDEB sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, Saeb e Prova Brasil. A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022.
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