Na sexta-feira, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) recebeu um "não" histórico, e a diretoria do Fluminense manteve Muricy Ramalho como o seu treinador. Neste sábado, Mano Menezes aceitou o convite de Ricardo Teixeira embora tenha contrato com o Corinthians até 2011. Confrontado com essa situação, o presidente do clube paulista, Andrés Sanchez, explicou em poucas palavras a sua decisão: "não poderia destruir o sonho de Mano".
Durante a entrevista concedida neste sábado no Parque São Jorge, Sanchez foi questionado acerca da postura firme do Fluminense, concorrente direto do Corinthians pelo título do Campeonato Brasileiro, que se recusou a liberar Muricy de seu contrato para assumir a Seleção Brasileira.
O corintiano não perdeu a compostura na hora de responder. "Não queria eu ser o causador de deixar um ser humano de realizar um sonho", resumiu ele, seguindo um tom parecido ao do diretor de futebol do clube, Mario Gobbi: "temos orgulho porque nosso técnico foi escolhido para a Seleção, para nós não é uma surpresa".
Sanchez, que contratou Mano Menezes em 2008, esperava ter o treinador a seu lado até o fim de seu mandado como presidente corintiano, em 2011. Por isso, o dirigente se mostrou bastante emocionado e até chorou durante a entrevista na qual o gaúcho divulgou o seu futuro.
"Quero aqui, meio emocionado, deixar o meu agradecimento a ele", disse o presidente, falando à imprensa na mesma bancada em que estava sentado o treinador. "As portas estão abertas", acrescentou, dando um abraço no funcionário que se despedirá do Corinthians neste domingo, contra o Guarani, pelo Campeonato Brasileiro.