Um relatório realizado pela empresa de tecnologia Lookout, divulgado durante a conferência hacker Black Hat, nos Estados Unidos, revelou, esta semana, que uma série de informações pessoais dos usuários de smartphones é compartilhada com terceiros sem que eles saibam ou tenham autorizado.
Os dados analisados continham lista de contatos, fotografias, mensagens de texto e histórico de pesquisas em sites de busca. As informações são usadas por companhias para conhecer mais seu público e, assim, poder direcionar melhores questões como publicidade e ofertas de produtos.
O que preocupa, neste caso, é o fato de que esses dados podem acabar sendo usados por hackers para a criação de identidades falsas, caso a empresa que se utiliza dessas informações não cuide devidamente da segurança.
O código é escrito e passado para os desenvolvedores pelas empresas para, por exemplo, permitir a colocação de anúncios nestes aplicativos. Só que esse código acaba por forçar o recolhimento de mais dados dos usuários do que se imaginava.
"Nós descobrimos que não apenas os usuários, mas os desenvolvedores também não sabem o que acontece com seus próprios aplicativos, o que é fascinante", afirmou o CEO da Lookout, John Hering.
Para o relatório, foram analisados aproximadamente 300 mil aplicativos livres do iPhone, da Apple, e de celulares que utilizam o Android, do Google.
