Especial Eleições 2010
Em campanha em Varginha (MG), a candidata do PV à presidência, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (16) que o afastamento da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, motivado pelo que a candidata classificou de "denúncias graves", reforça a necessidade de uma "investigação isenta" conduzida pelo Ministério Público Federal.
"Afastamento (do cargo) não significa em hipótese alguma qualquer afastamento da necessidade de apuração e da punição, com a comprovação do dolo", afirmou Marina Silva, depois de um encontro com cafeicultores.
Erenice, que foi secretária-executiva de Dilma Rousseff (PT) quando a candidata petista comandou a Casa Civil, pediu demissão nesta quinta após uma nova denúncia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
A publicação afirma ter ouvido um empresário que relatou que Israel Guerra, filho de Erenice, teria pedido dinheiro para conseguir a liberação de um empréstimo de R$ 9 bilhões para um projeto energético junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Eu espero que os brasileiros tomem esses episódios como algo que está turvando esse processo sucessório e não decidam açodadamente em relação a essas eleições. A apuração é o melhor caminho", acrescentou a candidata.