Especial Eleições 2010
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negou nesta quinta-feira (16), por meio de nota à imprensa, qualquer favorecimento na obtenção de empréstimos na instituição de fomento. A manifestação da instituição ocorre após a confirmação da saída de ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, do governo.
Reportagem desta quinta-feira do jornal Folha de S. Paulo mostra que os donos da empresa EDRB do Brasil Ltda, interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, foi orientada por um servidor da Casa Civil a procurar a Capital Consultoria, empresa aberta em nome de Saulo Guerra, filho de Erenice Guerra. A Capital teria pedido 5% do valor do empréstimo do BNDES para garantir o crédito.
"Repudiamos a insinuação de que o Banco poderia estar envolvido em um suposto esquema de favorecimento para a obtenção de empréstimos junto à Instituição e consideramos que a tese demonstra um total desconhecimento quanto ao funcionamento do BNDES. O projeto em questão foi rejeitado pelo Comitê de Enquadramento e Crédito do BNDES, órgão interno do Banco, formado por seus superintendentes. A aprovação por esse colegiado é condição básica e necessária para que qualquer pedido de apoio financeiro seja encaminhado para análise", disse o BNDES.
De acordo com o banco, o projeto foi rejeitado pelos 14 superintendentes presentes à reunião do comitê de crédito da Instituição, realizada em 29 de março.
"A companhia não apresentou garantias e não havia local definido para a instalação do empreendimento (essencial para o licenciamento ambiental), não atendendo, portanto, a pré-requisitos básicos para a concessão do crédito", disse o BNDES.