Especial Eleições 2010
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, negou nesta quinta-feira (16) as acusações de que o dinheiro da propina que teria sido cobrada por uma empresa de consultoria de Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, abasteceria os cofres da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República. E anunciou que pedirá que a denúncia seja investigada.
"Não admitimos que ninguém, nem mesmo um cidadão com essa folha corrida, faça essa tentativa de forjar a participação do PT nesse episódio. Repito que todas as vezes que nos sentirmos difamados, atacados, vamos recorrer às instituições desse País", disse.
Dutra afirmou que o partido solicitará abertura de inquérito na Polícia Federal para apurar as declarações que vinculam a campanha de Dilma às denúncias de tráfico de influência. E que a legenda também apresentará à Justiça representações criminal, para apurar calúnia e difamação, e civil, solicitando indenização por danos morais.
As ações serão contra o empresário Rubnei Quícoli, que teria representado a EDRB em negociação com a empresa de consultoria do filho de Erenice. A empresa estava em busca de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em entrevista ao jornal O Globo, Quícoli teria afirmado que o ex-diretor dos Correios Marco Antônio Oliveira teria solicitado propina para "tampar buraco na campanha da Dilma" e de Hélio Costa, candidato ao governo de Minas Gerais pelo PMDB. Em nota, o senador afirmou que também vai processar o empresário.