A delegação dos Estados Unidos e as de outros países ocidentais se retiraram, esta quinta-feira, durante discurso do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, à assembleia geral da ONU, depois que ele evocou uma conspiração americana nos atentados de 11 de setembro de 2001.
Duas autoridades americanas, que estavam acompanhando o discurso, puxaram a fila de descontentes, e saíram da sala, sendo rapidamente seguidas pelas delegações britânica, da UNião europeia e de outros países ocidentais.
Ahmadinejad disse haver uma teoria segundo a qual setores do governo americano conceberam os ataques terroristas contra os Estados Unidos de nove anos atrás, nos quais morreram cerca de três mil pessoas.
Os EUA qualificaram as palavras de Ahmadinejad de "detestáveis e delirantes". "Antes de representar as aspirações e a boa vontade do povo iraniano, Ahmadinejad decidiu, novamente, tagarelar sobre teorias de complô vis e usar palavras antissemitas que são detestáveis e delirantes", destacou Mark Kornblau, porta-voz da delegação americana na ONU.
Um diplomata europeu explicou que as delegações europeias abandonaram a sala em solidariedade aos Estados Unidos.
