Especial Eleições 2010
A megacapitalização da Petrobras, que atingiu R$ 120 bilhões, transformando a empresa na segunda maior petrolífera do mundo, subiu ao palanque de Dilma Rousseff (PT) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Porto Alegre, nesta sexta-feira (24). Os dois participaram de um comício da campanha de Tarso Genro (PT) ao governo do Rio Grande do Sul, no Centro da capital gaúcha.
"O presidente Lula participou de um ato em que a Petrobras conseguiu US$ 70 bilhões. Ah, venderam algum pedacinho da Petrobras pra conseguir 70 bilhões de dólares... Não! Ao contrário. Aquilo que eles venderam por US$ 7 bilhões (no governo FHC) nós compramos de volta", destacou Dilma, que tem procurado se vincular ao crescimento da petrolífera.
Lula retomou o discurso que fizera na cidade de Campinas (SP), em 18 de setembro, quando destacou que a maior capitalização da "humanidade" seria feita por um socialista.
"A Bolsa de Valores em São Paulo, quando eu passava fazendo passeata nas greves de 78, 79 e 80, eles fechavam a porta da Bolsa, com medo de mim. Eles acham que eu era o bicho-papão da Bolsa. E eu nem sabia o que era Bolsa!... Mas eu virei presidente da República, a Bolsa tinha apenas 14 mil pontos. Hoje ela tem 70 mil pontos, hoje a nossa Bolsa é a segunda do mundo. Não tem Nova Iorque, não tem Londres, é a Bolsa de Valores de São Paulo. Hoje nós capitalizamos o povo brasileiro, não foi a Petrobras, porque a Petrobras hoje é do povo brasileiro", discursou Lula, em Porto Alegre.
O presidente abordou ainda a mudança da regulação do setor. "Nós mudamos. E nós estabelecemos o seguinte: o petróleo é nosso lá embaixo e nosso lá em cima, de 190 milhões de brasileiros. E quem quiser esse petróleo vai ter que pagar o preço justo", bradou. "Se a gente perguntasse: onde é que houve a maior capitalização do mundo? Todo mundo falava: Estados Unidos, Inglaterra, em algum país da Europa, na China, no Japão... Eis que a maior capitalização da humanidade da economia capitalista foi feita por este que vos fala e pelo Brasil". E completou: "Acordei hoje agradecendo a Deus".
Num ato falho, Lula afirmou: "É o meu último comício como candidato... quer dizer, como presidente". Depois, corrigiu-se, lembrando que faria comícios em outros Estados, mas sem Dilma. Ele reviu os ataques à imprensa brasileira. "Quando fala bem, o ego da gente cresce", reconheceu. "Democracia é isso, cada um faz o que quer, escreve o que quer".
