Hoje é o dia de mais uma vez as cidadãs e os cidadãos brasileiros decidirem quem os representará pelo próximo período de 4 ou 8 anos, a depender dos cargos a serem ocupados. Campanhas com forte apelo emocional e desprovidas de conteúdo; pesquisas que parecem não condizer com a realidade e promessas impagáveis: eis o cenário eleitoral que novamente se apresenta.
Não obstante, os brasileiros têm a obrigação de comparecer às urnas neste dia 3 de outubro para exercer compulsoriamente a sua cidadania.
Um dos pilares que consubstancia a Democracia é a alternância no poder. Felizmente, no Brasil todos os representantes das mais variadas matizes políticas possuem o direito de expor suas plataformas e representar a parcela da sociedade que, através do voto, lhe depositar a confiança.
É necessário agir com cautela neste momento e não ceder à ideia fácil do continuismo ou mesmo ao incoerente jogo de cintura dos que não têm ou não desejam emitir opinião sobre alguns dos principais dilemas da sociedade brasileira atual.
Não se pode tirar a educação, o lazer e a cultura de um povo ou ignorar-se propositalmente que a maior parte da população careça de tais recursos e depois depositar em suas mãos a obrigação de decidir plebiscitariamente sobre temas que demandam apurado senso crítico e sensibilidade social como o aborto, a legalização das drogas ou a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
É preciso também eleger pessoas que não apenas sejam carismáticas ou bem apadrinhadas politicamente, mas que já tenham sido provadas e aprovadas nas urnas e não somente ocupado cargos por indicação do Poder Executivo.
É preciso estar atento para não permitir que aqueles que atacam a liberdade de imprensa se transformem em Hugo Chavez tupiniquins.
Na Democracia, "em time que está ganhando" pode-se e muitas vezes até deve-se mexer, pois isto é salutar ao processo democrático, sem o que se instituiria uma ditadura do voto, baseada somente na popularidade de alguém em detrimento da competência administrativa de outros.
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