Serra vai ao segundo turno e enfrentará Dilma do PT

 

Politica - 04/10/2010 - 23:12:11

 

Serra vai ao segundo turno e enfrentará Dilma do PT

 

Da Redação com EFE

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Após figurar nas pesquisas como vitoriosa no 1º turno, Dilma agora deverá rever estratégias.

Após figurar nas pesquisas como vitoriosa no 1º turno, Dilma agora deverá rever estratégias.

Especial Eleições 2010

O economista José Serra, um veterano político que ocupou quase todos os cargos públicos no país, calou hoje as pesquisas de intenção de voto e conseguiu chegar ao segundo turno das presidenciais, assim como aconteceu em 2002.

O candidato do PSDB, que aparecia nas pesquisas com poucas chances de seguir na disputa, obteve hoje 32,74% dos votos e ganhou o direito a disputar o segundo turno com Dilma Rousseff (PT).

Assim como aconteceu há oito anos, quando foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva, Serra não parte como favorito, mas por sua longa experiência em eleições, surge como um forte adversário, com chances de alcançar a Presidência.

Nascido em 19 de março de 1942, dia de São José, em uma humilde família de origem italiana da Mooca, um bairro industrial de São Paulo, Serra conquistou fama de político honrado e administrador eficiente, o que, no entanto, não foi suficiente para superar a falta de carisma que o impede de se aproximar mais do eleitorado.

Serra entrou na política no início da década de 60 como líder estudantil, mas o golpe militar de 1964 o forçou a interromper seus estudos de engenharia e a se exilar no Chile.

Em Santiago, além de estudar economia, exercer a docência e trabalhar na Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), se casou com a chilena Mónica Allende, dançarina e psicóloga, com quem teve dois filhos.

O golpe militar que derrubou Salvador Allende o obrigou a seguir novamente o caminho do exílio, desta vez nos Estados Unidos, onde fez mestrado e doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Cornell e trabalhou como professor em Princeton.

Ao retornar ao Brasil em 1978, quando o país ainda estava sob a ditadura militar (1964-1985), voltou a se dedicar à política e com a reinstalação da democracia arrancou sua ascensão na vida pública nacional.

Participou da criação do PMDB, partido que deixou após algum tempo com outros líderes, como Fernando Henrique Cardoso, para fundar o PSDB.

Serra foi deputado federal em várias legislaturas, senador, ministro do Planejamento e de Saúde no Governo FHC (1995-2003), prefeito de São Paulo e governador do estado, e sua gestão administrativa sempre recebeu elogios.

No entanto, na atual campanha desperdiçou parte de seu capital político ao transmitir ao eleitorado a imagem de candidato indeciso, sem propostas e desgastado com seus próprios companheiros de partido.

Apesar de todos os indícios desde o ano passado de que seria o candidato presidencial do PSDB, Serra manteve o suspense até o último momento e só o admitiu no dia 31 de março, quando teve de renunciar ao cargo de governador por conta do fim do prazo legal para que os candidatos deixassem suas funções no Governo.

Em seguida, adiou o máximo que pôde o lançamento oficial de sua candidatura, para desespero de outros líderes do PSDB que pediam agilidade em suas decisões para não perder espaço diante de uma Dilma Rousseff que começava a crescer nas pesquisas, apoiada pela alta popularidade de Lula e em uma constante exposição na imprensa como ministra da Casa Civil.

Quando finalmente entrou em campanha, Serra não apresentou ao eleitorado um programa consistente, que fosse uma alternativa aos oito anos do Governo Lula e, além disso, evitou relacionar sua história com o período FHC, considerado menos popular que seu sucessor, o que lhe custou inúmeras críticas.

Serra queria como companheiro de chapa o popular ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, mas diante da recusa deste optou por Índio da Costa, um jovem deputado federal do Rio de Janeiro, praticamente desconhecido no país e com quem compartilha o gosto pela rede social Twitter como forma de se comunicar com o eleitorado.

Após figurar nas pesquisas como vitoriosa no 1º turno, Dilma agora deverá rever estratégias.

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