Especial Eleições 2010
Em disputa acirrada até o final, Geraldo Alckmin (PSDB) evitou o segundo turno e foi eleito governador de São Paulo, com 99,44% das urnas apuradas, ele registrava 50,63% dos votos válidos. Até a apuração dos útimos votos, havia a possibilidade da decisão do Estado ficar para a disputa direta entre Alckmin e Aloizio Mercadante (PT), que terminou em segundo lugar, com 35,02%.
O terceiro lugar ficou com Celso Russomanno (PP), com 5,4%. Skaf (PSB) e Fabio Feldmann (PV) completam a lista dos candidatos com mais de 1%, com 4,59% e 4,16%, respectivamente.
Próximo ao final da apuração pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o destino do governo de São Paulo ainda estava indefinido, pois Paulo Bufalo, Luiz Prates, o Mancha, e Igor Grabois tiveram a candidatura questionada e seus votos não contavam como válidos. Contudo, eles entraram com recurso.
A campanha
Com os sinais de ter preferência da maior parte do eleitorado, Alckmin fez uma campanha focada nos avanços de São Paulo desde que trabalhava com Mário Covas e evitou enfrentar e atacar os outros concorrentes.
Nascido em Pindamonhangaba, interior paulista, em 1952, ele foi eleito vereador da cidade pela primeira vez aos 19 anos, quando ainda cursava Medicina, e aos 23 tornou-se prefeito. Em 1982, pelo PMDB, venceu as eleições para deputado estadual e quatro anos depois como federal.
Filiou-se ao PSDB em 1988 e se reelegeu deputado federal em 1990. Na eleição seguinte, concorreu ao governo de São Paulo como vice de Mário Covas, reeleito em 1998. Após a morte de Covas, assumiu como governador em 2001. Alckmin se elegeu governador em 2002 e em 2009 assumiu a Secretaria de Desenvolvimento do Estado.
O candidato petista fez uma campanha difícil, enfrentando a pressão de sempre ter aparecido em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Mercadante buscou relacionar sua imagem com a popularidade do presidente Lula, a exemplo da estratégia de Dilma Rousseff, e se apresentou como uma chance de mudança para São Paulo.