O Brasil é estigmatizado, em âmbito interno e externo, por suas enormes desigualdades sociais. Pouquíssimos têm muito e a esmagadora maioria da população não tem nada.
Há que se corrigir, paulatinamente, essas desigualdades centenárias em nosso País. E um governo de centro-esquerda - como o de Lula - pode também marcar presença como incentivador desse processo de mais justiça social para os brasileiros.
A reforma agrária deve, no entanto, ser implementada em sintonia com nossas leis e dentro da mais perfeita ordem. Sem quebra-quebra, invasões de propriedades produtivas, ocupação de prédios e vias públicas, depredações e ameaças à integridade física das pessoas.
Infelizmente o que se passou no Engenho Prado, na Zona da Mata pernambucana, e tem se passado em outras áreas rurais no Brasil, põe em evidência a face desordeira, anarquista, violenta, revolucionária e politicamente engajada do MST.
O Movimento dos Sem Terra e suas lideranças, bem como simpatizantes pertencentes a outros movimentos sociais, a exemplo da Pastoral da Terra, devem ser contidos. Afinal, se temos uma Constituição e um Código Penal e eles não são cumpridos, então que se rasgue de vez nossa Carta Magna e nosso velho Código.
Se em dado momento você e eu invadirmos e incendiarmos a casa ou o apartamento de outrem, a polícia será imediatamente acionada e eu e você seremos presos, processados e punidos nos rigores da lei. Por que então as lideranças dos desordeiros que destruíram bens móveis no Engenho Prado, com a selvageria que todos pudemos ver nos noticiários da tevê, continuam impunes e até ameaçando os legítimos proprietários de cometer novas arbitrariedades?
Nossas autoridades e nossa Justiça parecem agir com dois pesos e duas medidas em relação aos crimes do cidadão comum e aos crimes cometidos pelos privilegiados (e temidos) integrantes do MST. Para o cidadão comum que comete depredações, os rigores da lei. Para os desordeiros do MST, que destróem e queimam as propriedades alheias, vista grossa, panos quentes, complacência. E o pior é que essa complacência é um estímulo à violência crescente de seus integrantes, gerando mais desordem no campo.
O que hoje temem os cidadãos de bem neste País é que esses bandidos reincidentes do MST terminem por incendiar não apenas pequenas propriedades - como o Engenho Prado -, mas o Brasil inteiro. Ou seja, que suas vítimas sejam, futuramente, eu, tu, ele, nós, vós, eles... E que tenhamos, nesse futuro de sombras, o nosso pluripartidarismo e a democracia brasileira substituídos pela ditadura e arbitrariedades dos radicais do PSTU e da dissidência petista, ao estilo Babá, com seu besteirol, chavões e extremismo raivoso cotidianos. Eles são todos farinha do mesmo saco, terroristas em gestação, cujo sonho é transformar o Brasil numa ditadura marxista (velha palavra, velhas idéias...) à imagem e semelhança da sanguinária ilha caribenha de Fidel Castro.
Haja atraso!
(*) Paulo Azevedo Chaves é jornalista
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