Os investimentos no país estão deprimidos por causa da alta taxa de juros, portanto sobra dinheiro nos agentes financeiros destinado aos projetos de desenvolvimento. A afirmação é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, durante debate na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, para instruir projeto de lei do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que estabelece regras e financiamentos da Política Nacional de Desenvolvimento Regional.
Carlos Lessa foi questionado sobre a anunciada atuação do BNDES no financiamento de exportações brasileiras para a Venezuela, Bolívia, Paraguai e Argentina, em nome da Integração Sul-americana, quando "não existe sequer integração regional no país", no entender do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), para quem a concentração de investimentos do BNDES nas regiões Sul e Sudeste "aumenta o desequilíbrio em relação aos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste", o que seria uma contradição diante da prioridade para a inclusão social.
Na ausência de investimentos em projetos produtivos, de desenvolvimento, rebateu Lessa, uma das alternativas é aplicar em linha de crédito para expansão das exportações. O presidente do BNDES salientou, contudo, que a prioridade é voltar a investir em projetos de fomento ao desenvolvimento regional.
|