O diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, reafirmou hoje que a nova lei estadual que taxa em 18% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a extração do petróleo produzido no Rio de Janeiro, vai causar impactos diretos nos projetos da estatal. O imposto, segundo ele, não poderá ser repassado para o preço final do produto, porque a Petrobras trabalha com o preço do petróleo no mercado internacional.
Duque afirmou que ainda é cedo para avaliar os prejuízos que a nova lei – a ser sancionada na sexta-feira (13) pela governadora Rosinha Matheus – trará para a companhia. Mas admitiu que os investidores poderão se afastar, tornando difícil a competição da Petrobras com outras empresas. Ontem, o presidente da estatal, José Eduardo Dutra, disse que o impacto da medida para a Petrobras será de R$ 5 bilhões ao ano.
“Temos que esperar a governadora sancionar a lei para analisar o que pode acontecer daqui pra frente. Esse é um momento de calma”, acrescentou Renato Duque, que pela manhã participou de reunião com fornecedores de bens e serviços do setor de petróleo e gás, promovida pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip).
No encontro, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Renato Duque explicou o Plano de Investimentos da Petrobras para o período 2003/2007. E informou que a empresa investirá US$ 34,3 bilhões, dos quais US$ 29,2 bilhões no Brasil, em construção, montagem e equipamentos, usando 65% de indústria nacional.
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