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Da Redação com agências
A Secretaria de Habitação e Meio Ambiente iniciou a remoção das famílias das áreas de urbanização do Parque São Bernardo, onde serão abertos os lotes para construção em regime de mutirão das habitações embrionárias. Já deixaram o local 60 famílias e a previsão é de que sejam demolidas cerca de 120 casas, até o final das mudanças, permitindo a abertura das áreas para o preparo do solo e divisão dos lotes.
As primeiras famílias transferidas para o alojamento provisório, construído na Rua Cora Coralina, no Jardim Industrial, mostraram-se otimistas quanto à nova etapa do projeto de urbanização e recuperação ambiental dos núcleos Parque São Bernardo, Alto da Bela Vista e Novo Parque. “Espero voltar para minha nova casa o mais cedo possível”, disse Zilmar Helena da Silva, assim que terminou de colocar seus móveis no caminhão e se despedir dos vizinhos. O filho Alex Robson dos Santos representará a família no mutirão de construção dos embriões.
No alojamento, Zilmar assinou um termo de responsabilidade e recebeu um regulamento interno que orienta os moradores enquanto ocuparem os blocos, num prazo previsto para 6 meses. Baseado em regras estabelecidas nos condomínios de apartamentos, o regulamento determina manter o silêncio após às 22h e regras quanto ao uso dos 32 banheiros e das lavanderias coletivas.
Já instalada no Bloco A, 3, Maria Aparecida da Silva, mãe de Tiago, 4 anos de idade, está esperançosa e sonhando com a sua residência. “Vivo uma nova fase e acho que tudo será melhor”. Sua única preocupação é conciliar os horários para cuidar do filho e participar do mutirão. Aparecida que está desempregada afirma que montará um pequeno negócio para vender salgados e artesanato que está aprendendo a fazer, assim que construir sua casa.
A transferência das 62 famílias vai continuar até a próxima quarta-feira, 18 de junho. A ocupação do alojamento será feita em rodízio, após a construção dos primeiros embriões, com dois cômodos e um banheiro a família sai do alojamento e outras famílias vão par o local, abrindo novas áreas para os mutirões.
Alguns moradores resolveram adiantar sua saída e alugaram um imóvel ou foram para casas de amigos ou parentes. A ampliação dos espaços para remoção dos barracos e início da construção dos embriões contribuirá para adiantar os prazos previstos na urbanização.
Obras ¾ O projeto de urbanização do Parque São Bernardo integra o Programa Habitar/Brasil BID, iniciativa do Governo Federal junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e Prefeitura de São Bernardo do Campo e vai beneficiar 2.455 famílias, cerca de 12 mil moradores.
O trabalho de urbanização está sendo desenvolvido em duas etapas e foi iniciado em 1999. O custo global do projeto é de R$ 14,2 milhões. Na primeira fase, em andamento, foram destinados R$ 8,7 milhões, sendo R$ 1,6 milhão da Administração Municipal.
Para essa etapa serão construídas 569 casas embrionárias com dois cômodos e um banheiro, em sistema de mutirão. Na segunda etapa, o valor do repasse é de R$ 6,9 milhões e R$ 1,7 milhões de contrapartida do município. Nessa fase serão construídas 96 casas embrionárias e realizadas melhorias em residências das diversas áreas do Parque São Bernardo.
Até o momento, foram instalados 90 metros de galeria armada no córrego marginal da Rua dos Vianas; 600 metros de rede de esgoto; 850 metros de galerias de águas pluviais tubulares; 300 metros de rede de água potável e 600 metros de guias e sarjetas no setor 8. As obras atenderam a Rua dos Vianas com Rua Almeida Leme, Rua Minas Gerais, Rua Augusta e Travessa dos Padres.
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