Com adesões abertas, foi criada nesta última terça feira a Frente Parlamentar de Acompanhamento das Negociações da Área de Livre Comércio das Américas em Defesa da Soberania, na Câmara dos Deputados. Frentes desse tipo são informais e reúnem
parlamentares que têm interesses comuns e, muitas vezes, com número de deputados maior do que partidos políticos. Por exemplo, no ano passado, a Frente da Agricultura tinha mais de 120 deputados e o maior partido era o PSDB, com 105.
Um dos coordenadores da Frente é o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os deputados da Frente da Alca ouviram, hoje, palestra dos economistas mexicano Alberto Arroyo e do brasileiro Paulo Nogueira
Baptista Júnior.
Arroyo disse que o México é o “maior promotor da Alca” desde 1998, quando aderiu ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Segundo ele, a economia mexicana com crescimento médio em torno de 3,5% nos 20 anos anteriores ao Nafta, agora está em menos de um
por cento. Dos US$ 152 bilhões que ingressaram na economia do seu país, US$ 132 bilhões foram para as indústrias dos Estados Unidos localizadas no México e o restante para investimentos diretos. A economia informal representa 55% do Produto Interno Bruto (PIB).
Paulo Nogueira Baptista Júnior disse que nenhum país poderá ficar fora da globalização. No entanto, é preciso ter cuidado com as “precipitações” nas negociações.
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