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As universidades estaduais podem se tornar importantes parceiras do Ministério da Educação (MEC) para a erradicação do analfabetismo de jovens e adultos. A possibilidade surgiu durante uma reunião entre reitores de 13 universidades estaduais e o ministro Cristovam Buarque..
Os dirigentes universitários propõem a liberação, pelo MEC, R$ 1 mil por aluno matriculado nessas instituições. Tomando como base de cálculo a quantidade de estudantes matriculados em 2001, seriam necessários R$ 450 milhões por ano. Os reitores também cogitaram a criação de um fundo para as universidades estaduais, assim como o que existe para o ensino fundamental, o Fundef. e o que se estuda criar para o ensino básico, o Fundeb.
Os reitores cobraram do ministro a instalação de um conselho consultivo. “Na primeira vez que nos reunimos, em fevereiro, foi acertada a instalação de um conselho para que pudéssemos debater constantemente as questões das universidades estaduais. Agora, estamos aqui para cobrar esse acerto”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Públicas Estaduais e Municipais (Abruem), José Walter da Fonseca.
Sobre a liberação de verbas, Cristovam Buarque deixou clara a necessidade de contrapartida das instituições. Ele sugeriu que fosse firmado um protocolo de intenções para acertar uma maneira de as universidades colaborarem com os programas desenvolvidos pelo MEC. “Por que as universidades não se comprometem em alfabetizar jovens e adultos?. Até hoje eu não tive a oportunidade de firmar um contrato desse tipo com as universidades, porque não surgiu nenhuma proposta nesse sentido”, afirmou o ministro.
A proposta do MEC foi bem aceita pelos representantes da Abruem, que se comprometeram em desenvolver um projeto de alfabetização para jovens e adultos. A entidade poderá ser um braço da União no combate ao analfabetismo, já que responde por 32 instituições de ensino superior estaduais e outras sete municipais, totalizando 425 mil alunos universitários. A maior parte dessas universidades, 27 delas, está no interior do país, justamente as regiões onde se concentra a maior população de analfabetos do Brasil.
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