A Comissão Mista de Inquérito que vai investigar a remessa ilegal de dólares, através das contas CC-5 do Banestado, a ser instalada, na próxima quarta-feira, e o seminário sobre Segurança Pública da Câmara, com a presença do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, devem mobilizar as atenções no Senado e na Câmara. O ministro falará também na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, também na quarta-feira. Os trabalhos no Congresso devem começar, efetivamente, na quarta-feira à tarde, já que a bancada nordestina prefere retardar o retorno a Brasília, até o término dos festejos de São João.
A CPI do Banestado foi instalada, na semana passada. Na quarta-feira está prevista a eleição do
presidente e do relator (são cogitados o senador Antero Paes de Barros - presidente - e um deputado do PT - relator -, entre Eduardo Valverde (RO), Iriny Lopes (ES) e José Mentor (SP). Comporão a comissão 34 parlamentares - 17 senadores e igual número de deputados.
Independente da CPI, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara promove três audiências públicas, nesta semana, para ouvir, amanhã, os procuradores da República, Luís Francisco de Souza, Valquíria Oliveira Quixadá Nunes e Raquel
Branquinho. Na quarta-feira, será ouvido o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, e, na quinta, os procuradores João Francisco de Carvalho e Alexandre Porciúncula e o delegado da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Amanhã, às 9h, na Câmara, será aberto o seminário sobre Segurança Pública que se estenderá até quinta-feira. Estão previstas as presenças do presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e do diretor-executivo do "Viva Rio", Rubem César Fernandes.
As comissões especiais que analisam as reformas pevidênciária, tributária e trabalhista têm reuniões marcadas, para acertar cronogramas e receber emendas. Os deputados da Comissão da reforma política votarão, quarta, o anteprojeto de lei de filiação partidária e vão discutir as propostas que tratam do financiamento de campanhas.
No Senado, a pauta do plenário continua trancada pela medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 240. Somente depois de votada a MP os senadores poderão votar outras três - seguro safra, propaganda de cigarros e bebidas alcoólicas e crédito extraordinário de R$ 89,1 milhões para o Ministério dos Transportes.
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