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"A queda de juros não é um decreto nem um ato de vontade: depende de condições técnicas que o governo está trabalhando", afirmou na manhã de segunda feira o presidente nacional do PT, José Genoíno, em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo. O principal, segundo ele," é enfrentar a questão do desemprego com o crescimento econômico e devemos ser ousados e criativos".
Sobre a questão da violência, Genoíno comentou que "o governo tem de trabalhar em silêncio e sem declarações bombásticas, porque segurança se faz a médio e longo prazo". E explicou: "Não
estou mandando recado para ninguém, mas se fala muito em segurança quando há tragédias, só que é um assunto de preocupação da população no seu dia-a-dia", disse.
Questionado sobre uma reforma da Previdência à parte no Judiciário, opinou considerando o projeto "inaceitável" e defendeu "um tratamento universal para todos os brasileiros, com piso de um salário mínimo e teto de dez, que é de R$ 2.400, e a partir daí previdência complementar fechada administrada paritariamente, ou seja, meio a meio".
Para José Genoíno, até meados de julho a reforma passará na comissão de mérito, a quem cabe analisar o conteúdo, e a partir do começo de agosto começará "a batalha de plenário". Acrescentou que "no início de setembro, com certeza, a emenda da Previdência vai para o Senado Federal e nós aprovaremos tanto a reforma da Previdência quanto a tributária ainda neste ano, nas duas Casas".
Genoíno disse ainda lamentar que o projeto sobre o controle de armas fique fora da pauta de votações: "Todas as pesquisas mostram que o porte, manejo e uso de armas não defende a pessoa nem enfrenta o bandido, mas acaba aumentando a violência". O projeto, informou, enfrenta resistência por parte dos deputados vinculados à segurança pública e do lobby das empresas que fabricam armas. "Mas eu tenho um parecer favorável a este projeto desde a legislatura passada", concluiu.
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