Apesar de não ter ouvido as declarações do presidente Lula na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN), afirmou hoje que, "reestabelecidas as relações no plano da respeitabilidade", o PFL, e ele próprio, retomam o diálogo com o governo. Segundo Agripino, o presidente da República não tem de se retratar, tem apenas de colocar os fatos no plano da relação dele com o Congresso. "Entre o Executivo e o Congresso tem que imperar uma coisa chamada respeito", disse o senador.
Na última quarta feira, os líderes do PSDB, PDT e do PFL na Câmara e no Senado reuniram-se com os presidentes da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para comunicar que não iriam à reunião no Palácio do Planalto, na qual o presidente Lula iria anunciar a convocação extraordinária do Congresso, em julho. O motivo alegado pelos líderes do PSDB, Arthur Virgilio (AM), do PDT, Jefferson Peres (AM), e do PFL, Agripino Maia, foram as declarações do presidente Lula de que "... não tem Congresso Nacional, nem Poder Judiciário" capazes de impedi-lo de fazer as reformas da Previdência e tributária.
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