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O serviço Tira-Dúvidas Drogas da Prefeitura de São Bernardo completa em 26 de junho, Dia Mundial de Combate às Drogas, dois anos. Durante esse período, nas visitas em 42 escolas da rede pública estadual, 16 mil alunos, de 12 a 17 anos, foram alertados sobre o risco do uso de entorpecentes. A iniciativa de criação do serviço é do Programa Juventude Cidadã da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.
Para comemorar o segundo aniversário do Tira-Dúvidas Drogas, o prefeito William Dib entregou mais 20 mil revistas em quadrinhos utilizadas pelo serviço. A revista “Que Droga”, em suas 20 páginas, alerta contra o uso de entorpecentes usando linguagem jovem, expressa através de histórias em quadrinhos. “No Tira-Dúvidas o jovem não é um mero espectador, pois participa do debate travado entre os participantes”.
A equipe do serviço de combate e prevenção ao uso de drogas visita, às quintas-feiras, escolas do município. Alunos participam, durante uma hora, de bate-papo com um médico especialista em dependência química e policial militar do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). A conversa franca, que geralmente ocorre no pátio da escola, começa de forma tímida, num silêncio rompido apenas pelas risadas e brincadeiras entre os adolescentes. À medida que algumas perguntas, previamente elaboradas pelos participantes, vão sendo respondidas a curiosidade é aguçada e a atenção se torna total.
Qual é a droga mais “pesada”? Como saber se uma pessoa é dependente? Um viciado consegue se livrar da dependência apenas com força de vontade? Quanto tempo alguém pode sobreviver com o uso de drogas? O que acontece quando o adolescente é pego pela polícia, fumando maconha? Essas são algumas, entre as dezenas, de indagações feitas pelos adolescentes.
Segundo o coordenador do Programa Juventude Cidadã, José Luiz do Prado, o Tira- Dúvidas tem a função de fazer com que os adolescentes pensem, conversem, troquem informações sobre o assunto dentro da escola, com os colegas e os professores. “Não estamos aqui para dar lição de moral para ninguém”, avisa.
No final do bate-papo sempre há jovens que vêm conversar em particular com a equipe. “Geralmente são parentes ou amigos de viciados que pedem orientação para o tratamento”, conta a psicanalista e chefe do setor de recuperação de dependentes químicos do Ambulatório de Saúde Mental da Prefeitura de São Bernardo, Margarida Maria de Souza. Os viciados são encaminhados aos grupos de apoio do Centro de Tratamento em Dependência Química, da Secretaria Municipal de Saúde. A secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Laerte Soares, disse que o programa específico sobre drogas tem o objetivo de levar mais informação sobre o perigo que elas representam. “Trata-se de trabalho preventivo importante junto aos alunos das escolas, que tem sido alvo de traficantes”, comenta.
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