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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na última sexta feira(04) um conjunto de ações para fomentar o cooperativismo no Brasil. "O cooperativismo é uma importante alavanca de conquista de um desenvolvimento mais equilibrado para o Brasil, e é por isso que o governo está trabalhando para fortalecer sua presença no país, com medidas que modernizem o sistema, credenciando-o a desempenhar um papel relevante na coordenação da economia nacional", afirmou o presidente. As medidas foram anunciadas durante solenidade em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo, no Palácio do Planalto.
Entre as ações previstas, estão investimentos de R$ 12 milhões para a criação de estruturas adequadas às cooperativas de assentados pela reforma agrária, que trabalham na agricultura familiar. Outros R$ 15 milhões serão empregados na realização de programas de treinamento e desenvolvimento humano. O presidente encaminhará ao Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar a participação dos servidores públicos na direção de sociedade cooperativa.
Os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e de Minas e Energia, Dilma Rousseff, assinaram um protocolo de intenções para promover o cooperativismo de eletrificação rural e a universalização do acesso à energia elétrica no campo. Também foi criado um grupo de trabalho, composto por 10 Ministérios, o Banco Central e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES), que estudará propostas para a implantação de um plano de desenvolvimento do cooperativismo.
O grupo de trabalho vai estudar a modernização das leis do cooperativismo, a tributação do ato cooperativo, a possibilidade de acesso das cooperativas de crédito ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o apoio às exportações dos produtos produzidos pelas cooperativas e a possibilidade de importação dos insumos necessários à produção diretamente pelas cooperativas.
"Fortalecer a estrutura do cooperativismo é parte indissociável de uma política de desenvolvimento comprometida com a solidariedade e a justiça social", afirmou o presidente Lula. De acordo com o presidente, o modelo econômico que o governo persegue visa, além do bom desempenho de indicadores convencionais, recolocar o país na rota do crescimento. "Estamos trabalhando duro para que isso aconteça de forma consistente e sustentável".
O cooperativismo, para o presidente, atende a duas urgências do país neste momento: voltar a crescer e fazê-lo com igualdade social. "E isso tudo, sem abrir mão da eficiência, que até cresce, e muito". Como exemplo, Lula citou o fato de que um agricultor cooperado, no Brasil, tem uma produtividade média 20% superior à do mercado. "É exatamente do que o país mais precisa neste momento, de uma economia eficiente a favor do ser humano".
O presidente Lula ressaltou que o país não pode se conformar em ter sua economia entre as 15 maiores do mundo, enquanto o povo ocupa o 69º lugar na lista de desenvolvimento humano entre as nações. "Nós queremos que o princípio organizador da nossa economia passe a ter na justiça social a sua maior referência, e é por isso que escolhemos o cooperativismo como um parceiro preferencial nessa caminhada", afirmou.
O cooperativismo hoje congrega mais de cinco milhões de brasileiros em 13 setores diferentes. No campo, o sistema reúne 25% da economia agrícola e 20% dos produtores. Responde por 115 mil quilômetros de rede de energia elétrica, produz 29% da soja brasileira, 62% do trigo, 45% do leite brasileiro e 39% do algodão. A maior parte dos cooperados, 55%, é formada por pequenos proprietários, com até 50 hectares de terra.
Durante a solenidade, o presidente ganhou de presente um colete, uma toalha de mesa e um espumante produzidos por cooperativas brasileiras.
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