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Começou no fim da tarde da última segunda feira o resgate do helicóptero F-76 da Petrobras que afundou no sábado na Bacia de Campos, provocando a morte de cinco pessoas. Segundo o diretor de exploração Guilherme Estrela, será usado um cesto de metal de nove metros, construído especialmente para a operação, além de um robô, da mesma forma como foi feito o resgate dos corpos das vítimas.
Não há garantias, no entanto, de que a ação será bem sucedida. Os técnicos temem que o helicóptero esteja muito danificado. O motor que se soltou da aeronave ao bater no mastro de uma embarcação já foi localizado. O acidente ocorreu por volta das 13h30. O helicóptero chocou-se com o rotor da cauda contra o mastro do navio plataforma Toisa Mariner ao tentar pousar no heliponto da embarcação, a 20 metros de altitude. Após o choque, a aeronave rodopiou, explodiu, caiu no mar e afundou em segundos.
Causa das mortes
O Instituto Médico-Legal de Macaé divulgou os laudos sobre a causa da morte das cinco vítimas. Três delas tiveram morte instantânea quando a aeronave se chocou contra o mar: o piloto Cláudio Belloni, o escocês Kenneth Ward e Cesar Marques de Oliveira, empregado da Petrobras. O co-piloto Marcos Miranda de Souza e o técnico em eletrônica Juliano Alves da Silva morreram afogados, mas estariam inconscientes devido ao impacto contra a água. Eles sofreram traumatismo craniano com hemorragias no cérebro.
A chefe do IML, Jussara Bragança Nogueira, informou que os corpos estavam em bom estado de conservação devido à baixa temperatura da água, de 4ºC, a 820 metros de profundidade. O IML havia liberado quatro dos cinco corpos na tarde de ontem. Os corpos do co-piloto Marcos Miranda de Souza e do empregado da Petrobras César Marques de Oliveira seguiram para sepultamento no Cemitério Jardim da Saudade, na cidade do Rio.
O corpo de Kenneth Ward, da empresa Stolt Offshore, seguiu para São Paulo, de onde será transladado para Aberdeen, sua cidade natal. Já Juliano Alves da Silva, que trabalhava para uma empresa prestadora de serviços à estatal, será sepultado em Barra do Piraí, no interior fluminense.
O Departamento de Aviação Civil (DAC) disse que ainda não tem prazo para concluir as investigações sobre o acidente. Técnicos do DAC se deslocaram para a região ainda no sábado para ouvir as testemunhas. O próximo passo será o envio dos destroços do helicóptero para análise laboratorial.
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