O governo chinês e empresas privadas uniram forças na segunda-feira para promover um microchip desenvolvido no país, em um incentivo para uma indústria de tecnologia da informação menos dependente de companhias estran-geiras.
Revelado em setembro, o microchip Dragon tem velocidades entre 200 e 260 megahertz, poder de processamento semelhante aos modelos vendidos pela maior fabricante do mundo, Intel, entre 1995 e 1997.
O chip chinês deverá ser usado em aplicações que exijam menos poder de processamento que os microprocessadores disponíveis atualmente.
Representantes da Academia Chinesa de Ciências (ACC), do Ministério da Indústria da Informação, da fabricante de eletrônicos Haier, desenvolvedores de sistemas Linux e a fornecedora de servidores Dawning Corp prometeram apoio ao chip em uma anúncio conjunto.
Li Guo Jie, diretor do Instituto de Tecnologia da Computação da ACC, disse que espera que o Dragon satisfaça as necessidades de um nicho de mercado apesar de suas limitações.
“As pessoas não comprarão o chip porque ele é nacional”, disse o cientista em uma entrevista. “Precisa ser competitivo e atender as necessidades do mercado.”
Ele afirmou que o chip deverá equipar em breve computadores pessoais, telefones celulares e televisores, com uma meta de produção de 1 milhão de unidades em 2003.
A ACC afirmou que cerca de 10 mil chips devem ser produzidos este ano.
Analistas do setor de tecnologia afirmaram que o chip doméstico deve reduzir a dependência da China com relação à Intel e outras fabricantes, como a AMD, tanto por razões financeiras quanto por motivos técnicos.
A China quer instalar seus próprios microprocessadores em equipamentos militares para conseguir melhor controle sobre dispositivos eletrônicos, afirmaram analistas.
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