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O paulistano passou a produzir duas mil toneladas a menos de lixo por dia após o início da cobrança da taxa do lixo. Segundo a Secretaria Municipal de Serviços e Obras (SSO), responsável pela limpeza da cidade até abril, quando a cobrança começou, a cidade produzia cerca de 12 mil toneladas diárias de lixo doméstico. Hoje, esse número caiu para cerca de 10 mil, de acordo com a secretaria.
Para gastar menos com a taxa, as pessoas teriam passado a reciclar mais. A queda se explica também pela retração econômica, que faz o consumo e, por conseqüência, o lixo diminuírem. Ainda não é possível saber quanto da redução vem da reciclagem, segundo Marco Antônio Fialho, chefe de gabinete da SSO.
- Parte da redução pode ser resultado da retração econômica. Quando o país voltar a crescer, São Paulo pode voltar a produzir mais lixo - disse.
Segundo ele, a SSO está fazendo um estudo para saber quanto está sendo reciclado. De acordo com a especialista em resíduos sólidos Elisabeth Grimberg, do Instituto Polis, ONG que estuda políticas públicas, para reciclar duas mil toneladas de lixo por dia na cidade seria preciso que 4 milhões de pessoas separassem seu lixo reciclável.
De acordo com ela, a maior parte da coleta para reciclagem é feita por catadores e moradores de rua. Eles seriam responsáveis pela coleta de cerca de 660 toneladas de lixo por dia.
- Mas essa estimativa é anterior à taxa do lixo - afirmou.
A coleta seletiva é feita ainda pela Prefeitura em três centros de triagem — onde a reciclagem diária aumentou de cinco para dez toneladas depois da taxa do lixo — e por meio de 28 linhas de caminhões coletores. Há ainda entidades sociais e supermercados que recebem lixo reciclável.
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